Traducciones para y por los españoles americanos: el papel de los traductores en la independencia de Hispanoamericana
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Humanidades: revista de la Universidad de Montevideo; Núm. 3 (2018): Historias entrelazadas; 69-100
Editor
Universidad de Montevideo. Facultad de Humanidades y Educación
Notas
As is well known, political independence in the Americas was gained through a long, violent process in which colonies broke away from their colonial centers. Different revolutionaries, patriots, and liberators acted within their immediate colonial context; nonetheless, a shared trove of ideas existed in all of the Americas which helped, above all, to justify their actions. These ideas (largely emanating from Europe’s Enlightenment and in the Americas originally practiced in England’s former North American colonies) spread throughout the region, in part, thanks to the efforts of several translators. These were men who traveled to different places for different reasons. In those places they took in the ideas and practices of an emerging democratic republicanism, along with its promises and imperfections. Eager to distribute these concepts and models, they joined in the revolutionary spirit by taking up the pen and translating letters, books, constitutions, etc. Thus, these translators’ played a rolein disseminating ideas as a way to set new cultural and political parameters in their home cultures. This paper seeks to explore the role that translation played collectively during Spanish America’s struggle for independence.

Consabido es que la emancipación política del continente americano supuso un proceso largo y violento en que las colonias se fueron desprendiendo de sus respectivas metrópolis. Los distintos revolucionarios, patriotas y libertadores actuaron en su contexto colonial inmediato, y sin embargo, existió a lo largo de toda América un caudal de ideas compartidas que sirvieron, sobre todo, para justificar dichas acciones. Estas ideas, surgidas en gran medida de la Ilustración europea y puestas en práctica en América inicialmente en las ex colonias inglesas, se diseminaron, en parte, a lo largo de todo el dominio hispanoamericano mediante la traducción. Se trató de hombres que viajaron a diversos destinos por motivos varios y allí absorbieron las ideas y la práctica del naciente republicanismo democrático, con toda su promesa e imperfecciones. Ansiosos de hacer circular estos conceptos y ejemplos, se unieron al espíritu revolucionario con la pluma, traduciendo cartas, libros, constituciones, etc. Estos traductores jugaron, de ese modo, el papel de diseminar ideas con el objetivo de definir nuevos parámetros políticos y culturales en sus sociedades de origen. Este trabajo pretende explorar la función que en colectivo desarrolló la traducción durante la emancipación de Hispanoamérica.

É sabido que a emancipação política do continente americano foi um processo longo e violento em que as colónias se foram desligando progressivamente das respectivas metrópoles. Os vários revolucionários, patriotas e libertadores agiram no seu contexto colonial imediato, mas em todo o continente americano havia um manancial de ideias comuns que serviam, acima de tudo, para justificar as suas acções. Estas ideias, em grande parte derivadas do Iluminismo europeu e postas em prática na América inicialmente nas antigas colónias inglesas, foram disseminadas, em parte, pelo domínio hispano-americano através da tradução. Eram homens que viajavam para vários destinos por diversas razões e ali absorviam as idéias e a prática do nascente republicanismo democrático, com todas as suas promessas e imperfeições. Ansiosos por fazer circular esses conceitos e exemplos, juntaram-se ao espírito revolucionário com suas canetas, traduzindo cartas, livros, constituições, etc. Estes tradutores desempenharam assim o papel de difusores de ideias com o objetivo de definir novos parâmetros políticos e culturais nas suas sociedades de origem. Este artigo pretende explorar o papel que a tradução desempenhou coletivamente durante a emancipação da América espanhola.