La importancia de la escritura (anti)heroica
Files in this item

There are no files associated with this item.

                       
Ver texto completo
                       
Compartir
Exportar citas
Exportar a Mendeley
Estadísticas
En
Humanidades: revista de la Universidad de Montevideo; Núm. 18 (2025): Antihéroes: nuevas narrativas para los tiempos postheroicos; e189
Editor
Universidad de Montevideo. Facultad de Humanidades y Educación
Notas
This article's main purpose is to shed light on a type of writing that we call (anti)heroic because, although it can illuminate unknown areas of our experience, it does not seek to please, convince, or consolidate successful formulas, and even less so by drawing on the epic; rather, it seeks to sustain a voice of its own in the midst of a cultural and academic environment dominated by immediacy, efficiency, impact and external validation, in the hope of being recognized. Drawing on philosophical and literary examples—from Pessoa, Dickinson, and Walser to Weil and Kafka, from Thoreau, Emerson, and Cavell to Simic and Juarroz—it is argued that this writing requires both active readers and fidelity on the part of the author to an inner voice not always anticipated. The examples mentioned underscore the resistance to instituted forms of recognition, their insertion in a present marked by structural banality, and their most refined expression in certain poetic registers. Rather than offering a closed theory, the text poses a question: how can one continue writing honestly without renouncing demanding thought, in a time that seems to value only what adapts to what has already been anticipated?

El presente artículo tiene como principal cometido arrojar algo de luz sobre un tipo de escritura que denominaré (anti)heroica porque, aunque puede alumbrar zonas desconocidas de nuestra experiencia, no busca complacer, ni convencer, ni consolidar fórmulas exitosas, y menos aún hacerlo tirando de épica, sino sostener una voz propia en medio de un entorno cultural y académico dominado por la inmediatez, la eficacia, el impacto y la validación externa, con la esperanza de que sea reconocida. A partir de ejemplos filosóficos y literarios —de Pessoa, Dickinson y Walser a Weil y Kafka, de Thoreau, Emerson y Cavell, a Simic y Juarroz— se argumenta que esta escritura requiere tanto de unos lectores activos cuanto de una fidelidad por parte del autor a una voz interior a veces imprevista e inesperada. Los autores mencionados subrayan la resistencia a las formas instituidas de reconocimiento, su inserción en un presente marcado por la banalidad estructural, y su expresión más depurada en ciertos registros poéticos. Más que ofrecer una teoría cerrada, el texto plantea una pregunta: ¿cómo seguir escribiendo de forma honesta sin renunciar al pensamiento exigente, en un tiempo que parece valorar solo lo que se adapta a lo ya ha sido previsto?

O objetivo deste artigo é focalizar um tipo de escrita que chamamos de (anti)heroica porque, embora possa iluminar áreas desconhecidas de nossa experiência, não busca agradar, nem convencer ou consolidar fórmulas bem-sucedidas, e muito menos fazê-lo puxando da epopeia, mas sustentar sua própria voz em meio a um ambiente cultural e acadêmico dominado pelo imediatismo. eficácia e validação externa na esperança de que seja reconhecido. Baseando-se em exemplos filosóficos e literários – de Pessoa, Dickinson e Walser a Weil e Kafka, de Thoreau, Emerson e Cavell a Simic e Juarroz – argumenta-se que esta escrita requer tanto um leitor ativo como uma fidelidade por parte do autor a uma voz interior imprevista. Dos exemplos citados, destacam-se a resistência às formas instituídas de reconhecimento, sua inserção em um presente marcado pela banalidade estrutural e sua expressão mais refinada em certos registros poéticos. Em vez de oferecer uma teoria fechada, o texto coloca uma questão: como continuar a escrever honestamente sem renunciar ao pensamento exigente, num tempo que parece valorizar apenas o que está adaptado ao que já foi previsto.