Alemania oriental y América Latina durante la Guerra Fría: trazos geopolíticos y resiliencia cultural
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Humanidades: revista de la Universidad de Montevideo; Núm. 7 (2020): Latinoamérica en la Guerra Fría; 93-112
Editor
Universidad de Montevideo. Facultad de Humanidades y Educación
Notas
The German Democratic Republic, in its 41-years long-life existence, forged and projected a national identity exceeding by far its geopolitical capabilities. It was an unique and unprecedented process, basically led by the Party and State´s chief, Erich Honecker and by Werner Lamberz, an polyglot top apparatschick. Both were the most prominent driving politicians in the effort to spread the international influence of East Berlin helping to get an own geopolitical position. The paper assumes as an explanatory concept the convergence between a strong societal dynamic, relatively autonomous (eigenständige) and highestresolutive self-perception of the GDR elite. Through that was generated there an own identity with strong geopolitical projection, despite the absence of a common narrative among rulers and governed. This identity unthinkable in 1989 has had aftermaths in the decades after reunification by the so-known Ostalgie. In obtaining their own geopolitical role, Latin America and especially Chile, were key factors. The paper adapt the Wagnerian term Nibelungentreue (approximately emotional fidelity) as an explanatory concept for the latter.

La República Democrática Alemana, en sus 41 años de existencia forjó y proyectó una identidad que sobrepasaba con creces sus capacidades geopolíticas. Fue un proceso singular e inédito, conducido básicamente por el jefe de Estado, Erich Honecker y por el políglota dirigente, Werner Lamberz. Se asume como clave explicativa general el entronque de una fuerte dinámica societal, relativamente autónoma (eigenständige), con la auto-percepción resolutiva de la elite en orden a generar una llamada sociedad socialista desarrollada. Se generó una identidad con proyección geopolítica, pese a la ausencia de una narrativa común entre gobernantes y gobernados. El elemento identitario germanooriental, no pensado en 1989, ha repercutido en las décadas posteriores a la reunificación a través de lo que se conoce como Ostalgie. En la obtención de un rol geopolítico propio, América Latina y especialmente Chile, fueron centrales. Como clave conceptual explicativa del vínculo con Chile, el paper profundiza el concepto Nibelungentreue (fidelidad emocional).

A República Democrática Alemã, em seus 41 anos de existência, forjou e projetou uma identidade que excedia em muito suas capacidades geopolíticas. Foi um processo único e sem precedentes, liderado pelo chefe de estado, Erich Honecker, e pelo poliglota apparatschick, Werner Lamberz. Assume-se como chave explicativa geral a junção de uma dinâmica social forte, relativamente autônoma (eigenständige), com a auto-percepção resolutiva da elite, com a finalidade de gerar a chamada sociedade socialista desenvolvida. Uma identidade com projeção geopolítica foi gerada, apesar da ausência de uma narrativa comum entre governantes e governados. Esse elemento de identidade da Alemanha Oriental, inconcebível em 1989, teve repercussões nas décadas após a reunificação através do que é conhecido como Ostalgie. Na obtenção de seu próprio papel geopolítico, a América Latina e, especialmente, o Chile, foram cruciais. Como chave conceitual explicativa do vínculo com o Chile, o artigo aprofunda o conceito wagneriano de Nibelungentreue (fidelidade emocional).